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Mulher ganha indenização por pedido errado de exame de próstata

A Justiça condenou a Prefeitura de São Bernardo do Campo e um médico de uma Unidade Básica de Saúde da cidade a pagar indenização de R$ 10 mil para uma mulher por danos morais. Ela recebeu um pedido para uma ultrassonografia de próstata e só descobriu quando chegou para fazer o exame e todo mundo começou a rir. As informações são do SPTV.

A Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo lamentou o erro, que ocorreu em 2012. O órgão informou que entende a insatisfação da paciente, mas considera que houve um problema pontual. Informou ainda que o médico é considerado um excelente profissional.

A Prefeitura de São Bernardo do Campo disse que vai recorrer da decisão da Justiça.
Tânia Regina Thomazini havia procurado atendimento na UBS Santa Terezinha, em São Bernardo do Campo, por sentir fortes dores nas mãos. Ela não reparou que na guia havia o pedido de exame de próstata. “A gente confia, acredita no médico”, disse.

A paciente foi atendida pelo médico Michel Alvarez Calvo. Na saída, passou pela recepção para saber onde faria o exame, que para ela era de artrite. O atendente não desfez a confusão. “Ele riu e me entregou o papel com o endereço. Deveria ter ido até o médico e falado: olha, o senhor fez uma confusão, não é homem”, afirma.

O erro só foi descoberto quando a paciente chegou na clínica para exame. Ela achou eu teria uma solução para dores nas mãos, mas a atendente disse que aquele pedido era para fazer um exame numa glândula que só os homens têm. “Ela me perguntou você é travesti? Porque este é um exame de próstata. E todo mundo começou a rir, eu perdi o chão e saí”, disse.

O site do Conselho Regional de Medicina informa que o a situação do registro do médico Michel Calvo é regular. Ele continua trabalhando na mesma unidade, como confirmam os funcionários.

Tânia entrou na Justiça pedindo reparação pelo erro e, só agora, quatro anos depois, saiu a decisão. Na sentença, a juíza diz que o médico agiu com negligência, porque não houve cuidado na expedição da guia ou na assinatura dela. E condena a Prefeitura da cidade e o médico a pagarem uma indenização no valor de R$ 10 mil.

“Eu fico revoltada. Imagina se me dá um remédio, podia ter morrido”, disse Tânia.

Fonte: G1 SP


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